lunes, 21 de enero de 2013

GALIZA: Un artigo de Silfrido N. para o Ateneu Proletario Galego

RevoluÇom India

Um exemplo para os povos do mundo : a revoluçom na Índia


A guerra popular levada a cabo polos povos do estado índio, som um exemplo para todas as pessoas oprimidas do mundo. Por isso imos dar algumha informaçom sobre o movimento revolucionário Naxalita e o sobre o comunismo índio.

Breve história do movimento revolucionário na Índia.

Os inícios da revoluçom
Em 1920 nasce o Partido Comunista da Índia PCI. Este partido nasce agrupando as pessoas mais conscientes da classe obreira, camponeses, estudantes e a intelectualidade.
Com o passo dos anos a deriva revisionista do PCUS e, do MCI em geral, tamem tem consequências na luita de duas linhas dentro do PCI, provocando o triunfo do revisionismo. Isto incapacitou ao PCI para transformar-se num partido proletário de novo tipo. O setor revisionista fortalece a sua influencia na direiçom do partido levando ao o enfrentamento com os comunistas e as comunistas consequentes.
Em 1964 produze-se a excisom do PCI, que da nascimento ao PCM (Partido Comunista Marxista). Este partido nasce dividido entre, o setor revolucionário que rompeu conscientemente porque o PCI deixara de ser um instrumento para realizar a revoluçom e, outras pessoas que criticavam ao PCI pola sua direiçom e formas, mas que nom assumiam consequentemente a linha política justa.
No ano 1965 o Camarada Charu Mazumdar funda a Fraçom Vermelha do PCM.
A Fraçom Vermelha fai um grande trabalho de organizaçom de massas na localidade de Naxalbari, entre o movimento camponês, organiçando-o e dando-lhe consciência. Formam Comités Camponeses, depois umha guarda armada, ponhem em marcha umha reforma agrária por si mesmos. Ante esta reforma agrária revolucionária, os terratenientes utilizam a repressom da policia e de matóns a soldo. As organizaçóns de massas da Fraçom Vermelha organizam a 15000 pessoas em Naxalbari (Bengala Ocidental).
Em 1967 entre a repressom do estado índio, inicia-se a GPP (guerra popular prolongada) na Índia. Som liberadas 2000 aldeias. Pom-se em prática a reforma agrária, julgam-se aos terrateniemtes que cometerom algum crimem. Na Índia as terras e mesmo as pessoas das castas inferiores entre as que estam os camponeses, eram propriedade da aristocracia feudal. Outro grande logro da revoluçom na Índia foi a libertaçom da mulher trabalhadora. Na Índia as mulheres camponesas eram praticamente todas analfabetas, eram obrigadas a casar-se de crianças (com doce anos). Tamem impera um inumano sistema social de castas, que tem como justificaçom ideológica o Induismo, umha religiom criada para alienar ao povo trabalhador em benefício da aristocracia. Na mitologia desta religiom as pessoas reencarnam-se segum os méritos das anteriores vidas, desta maneira as classes exploradoras das castas superiores figerom méritos noutras vidas, mentres que as castas inferiores tenhem que purgar os pecados doutras vidas.
Em Naxalbari as massas criam um estado dentro do estado, que funciona independentemente do poder burguês.
Em 1969 a Fraçom Vermelha de Charu Mazumdar e Kanhai Chatterjee forma o PCI (ML) Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), excindindo-se totalmente do PCM revisionista.

A repressom e as caidas
No ano 1969 o estado fascista índio lança umha ola de repressom criminal contra o povo, na que assassinam a 10.000 pessoas (camponesas, obreiros e obreiras, estudantes) e detendo e torturando ainda a um maior número.
Em julho do 1972 é apresado o camarada Charu Mazumdar em Calcuta, depois assassina-no.
A repressom e a caída da grande figura de Charu Mazumdar, provoca um forte debilitamento do aparato partidário, provocando a total desconexom das diferentes zonas.
Do PCI (ML), nascem várias organizaçóns em diferentes zonas entre elas o PCI(ML)GP Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Guerra Popular e, o PCI (ML) BV Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Bandeira Vermelha.
Em 1980 o PCI (ML) GP reinicia a guerra popular em Telingana.
Apartir de 1985 o PCI (ML) GP transforma a tática da GP realizando açóns seletivas, acordes com a maior presencia do aparato repressivo, com vistas a organizar umha resistência estratégica.
Em 1994 as forças revolucionárias já tinham consolidado as suas posiçóns e o novo poder em Dandarakaraya, Telangana Norte, estendendo-se por as zonas próximas e, iniciando contactos em outras.

A unificaçom revolucionária
No ano 2000 produze-se a primeira uniom de grupos herdeiros do PCI (ML) de Charu Mazumdar, unindo-se o CUM PCI (ML) Centro Unido Maoista Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista), com o PCI (ML) BV Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Bandeira Vermelha, para formar o PCI (ML) N Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) Naxalbari, do camarada Rauf, com amplia presença em Kerala, Maharashtra e Orissa.
No ano 2003 produze-se a segunda unificaçom, entre o CCM Centro Comunista Maoista (com organizaçom em Bihar e em Lalkhand); com o CCRI Centro Comunista Revolucionário da Índia (organizado em Panjab); formando o CCM(I) Centro Comunista Maoista (Índia).
No ano 2004 a terceira unificaçom, o CCM(I) e o PCI (ML) GP, que estava em Andhra Pradesh e Telangana, formam o PCI (M) Partido Comunista da Índia (Maoista) do camarada Ganapati.
No 2005 frente a o fracasso da repressom estatal, das reacionárias classes dominantes índias, que era incapaz de frenar o fortalecimento revolucionário do movimento Naxalita, recorrem aos manuais de contra-insurgéncia dos Estados Unidos. Unem a diferentes grupos de matóns dos exploradores feudais, dam-lhe formaçom militar, armamento e, recursos, para criar umha organizaçom paramilitar chamada Salwa Judum, assassinando a miles de pessoas (camponesas e camponeses, obreiras e obreiros e, estudantes). Ademais mediante ameaças e dinheiro formam corpos de espionagem local buscando as pessoas com mais debilidades, para que estas delatem aos comunistas. Utilizam as mesmas táticas que utilizarom no Vietname, Colômbia e Peru. Ameaçam a povoaçom obrigando-lhes a trasladar-se a “campos de refugiados”, que som aldeias militarizadas, mui similares as aldeias fortificadas criadas no Vietname e no Peru, para intentar isolar ao exercito do povo (EGPL), da povoaçom civil. O método empregado era manter as pessoas em aldeias cercadas, onde se empregava um rígido control sobre as pessoas e objetos que saiam ou entravam, impedindo a entrada de pessoas que nom estiveram reclusas em essa aldeia. Buscando com isto que o partido nom pudera realizar um trabalho político com os habitantes destes povoados e, que o exercito revolucionário nom pude-se receber aprovisionamento, nem informaçom, nem reclutar combatentes. Para desta maneira evitar que estas pessoas se somassem a revoluçom.
Ate aqui umha breve exposiçom histórica.
Agora imos a sinalar mais em profundidade certos pontos que nos ajudaram a entender melhor como é a militância revolucionária na Índia.
Na Índia a polícia, o exército, os paramilitares com o seu aparato de espionagem, fam que qualquer atividade política -por insignificante que pareça-, ponha em perigo a vida de quem a realiza. Por exemplo, umha cousa tam insignificante coma colocar um cartaz pode acabar num assassinato a sangue fria. Mas as revolucionárias e os revolucionários nom abandonam por isso a sua necessária atividade de massas. Desta maneira o trabalho político depois de anos de experiência foi adaptando-se a umha realidade muito diferente a nossa. Para poder realizar a propaganda as revolucionárias e os revolucionários da Índia empregam métodos que nom som os que estamos acostumados: 1) a propaganda clandestina aparece repartida e colocada por pessoas anónimas, sem que quem o lê saiba quem foi que a deixou. 2) o próprio EGPL fai o trabalho de repartir a propaganda. 3) umha boa parte do trabalho de agitaçom fano entre pessoas que se conhecem de toda vida, em grupos pequenos, em lugares seguro fora da vista. 4) fana encarapuçado-se sem elementos identificativos (roupa, calçado, maneiras caraterísticas pessoais de falar, etc), de maneira que a espionagem nom poida seguir o rastro a nenguem.
O estado índio pujo em marcha umha operaçom militar para massacrar ao povo trabalhador, chama-lhe a operaçom Green Hunt. Esta operaçom nom pode danar ao EGPL, mas o que si pode fazer e de fato fai é assassinar, torturar, massacrar ao povo desarmado. Certos estados índios estam praticamente em estado de guerra, devido a desesperaçom da oligarquia, os terratenientes e, o clero induista. A reaçom índia amossou muitas vezes que é capaz das maiores massacres sobre o povo desarmado, mas nom pode frenar o medre do exército do povo, do novo poder que acabara com ele.
A guerra popular na Índia marcha firme cara a vitória, mas o estado Índio tem metido nas masmorras a um grande número de pessoas. Estas reféns do estado -as presas e presos políticos- merecem toda a nossa solidariedade, exigimos a sua liberdade ao estado índio.
A nossa admiraçom e apoio ao Exército Guerrilheiro Popular de Libertaçom EGPL (PLGA em inglês), no seu caminho cara o equilíbrio estratégico na guerra popular prolongada e a vitória. Porque o EGPL é o exército do povo, que realiza a guerra do povo. O EGPL como instrumento da Guerra Popular é parte das massas armadas e organizadas conscientemente.
Celebramos a construçom na Índia dos instrumentos do contrapoder proletário, deste novo poder criado polas massas organizadas dos povos trabalhadores no estado índio, graças ao trabalho das comunistas e dos comunistas no movimento Naxalita.
O movimento Naxalita sustitue o poder do estado fascista índio por o poder da nova democracia. Na Índia por primeira vez na sua história pode-se criar a democracia da maioria, a gestiom das massas dos seus recursos e problemas, a ditadura do proletariado e a democracia do proletariado que som o mesmo.

As greves armadas
As camaradas e camaradas da Índia sempre buscam novas maneiras de estender a revoluçom. Umha das que toparom foi o chamamento a greve geral num ou vários estados. O PCI(M) tena empregado com bons resultados para o fortalecimento revolucionário. Trata-se dumha greve armada na que o EGPL forma piquetes armados que fecham as estradas, informam da greve, aconselham a povoaçom como atuar frente a policia e o exército, repartem propaganda, etc. Desta maneira as obreiras e obreiros, estudantes, as camponesas e camponeses nom sofrem a repressom por secundar a greve geral -ja que é impossível manter as comunicaçóns-, nem som assassinados e assassinadas por formar parte dum piquete. Esta tática igual que qualquer outra é estudada, proclamada, defendida e, aplicada, dumha maneira flexível de acordo coa situaçom concreta.

Os grandes retos
A revoluçom na Índia caminha com passos firmes, ela é a esperança da humanidade por superar o sofrimento do capitalismo, mas ainda quedam grandes retos por superar.
Estender o partido nas grandes cidades, cousa na que estam a trabalhar; a unificaçom do PCI (M) e o PCI (ML)N, junto com destacamento comunistas de outras zonas; organizar as massas de novas zonas na construom do contrapoder proletário e; conseguir o equilíbrio estratégico do EGPL na GP. Estas som os principais retos aos que se enfrentam as revolucionárias e os revolucionários índios neste momento.
Nom é correto pensar que o triunfo da revoluçom depende unicamente da capacidade de lume e do número das forças guerrilheiras do EGPL. Porque na GPP as massas tenhem que implicar-se, tenhem que julgar aos criminais, informar ao aparato militar revolucionário sobre estes criminais, criar os órganos do contrapoder, etc. Por isto organizar às massas é umha necessidade da revoluçom. Porque organizando e mobilizando as massas podemos estender a revoluçom dumha maneira mui rápida, num determinado território, quando a necessidade militar recomenda fazê-lo.
A guerrilha executa o acordado polo poder revolucionário, de acordo com os interesses do povo trabalhador, as suas normas e táticas de combate e, o necessário segredo organizativo.
A guerrilha Naxalita nom tem outro interesse que os interesses do povo trabalhador e a humanidade.
Pode que vos estranhe que falemos de “contrapoder proletário” quando na Índia os instrumentos deste contrapoder estam formados maioritariamente por camponesas e camponeses, mas o que da o verdadeiro caráter de classe a um movimento ou umha organizaçom, nom é a sua composiçom social, senom o seu programa político. O programa Naxalita é o programa da emancipaçom do proletariado e a humanidade. A luita de classes a nível mundial com a lei do desenvolvimento desigual, explica este fenómeno, de maneira que o triunfo da revoluçom na Índia quando tomem o poder destruindo ao estado, nom teram que passar por toda a história europeia da acumulaçom primitiva de capital, nem o repetir todo processo histórico de desenvolvimento da tecnologia, senom que construiram o seu futuro graças ao que aprenderom da história das luitas contra o capitalismo, o progresso tecnológico e, o pensamento do proletariado mais avançado do mundo, graças ao socialismo científico. O movimento Naxalita é um imenso problema para o capitalismo mundial, porque é um movimento revolucionário que -por tanto- nom pode ser assimilado polo aparato do sistema. O seu triunfo significa a ruina para o capital índio, porque as forças que puxo em marcha a revoluçom na Índia, nom se podem conformar com reformas, com redistribuçóns mediante impostos e caridade tanto de instituçóns privadas coma do estado. Senom que pom em funcionamento as capacidades do povo para solucionar os seus próprios problemas, depois de abolir a propriedade privada sobre os meios de produçom sociais. Pom em marcha a nova democracia.
Luita pola reforma ou luita pola auto-organizaçom revolucionária e a revoluçom.
Na Índia vemos as limitaçóns da propriedade burguesa dos meios de produçom, frente aos avances do método proletário graças a propriedade coletiva, unida à planificaçom democrática e científica, unida a distribuçom justa dos meios de consumo que exige a moral proletária, som a maneira coa que podemos superar o capitalismo e criar um mundo melhor. A posta em prática deste método revolucionário -ainda que seja a pequena escala- da mostras dos seus bons resultados.
Esse é o segredo da Guerra Popular e da revoluçom, a capacidade das massas de auto-organiza-se, quando tomam consciência, devido a intervençom do partido.
Temos literatura com exemplos em China, Vietname, Peru, Índia, Cuba, que relatam a capacidade da revoluçom para sacar recursos sociais, trabalho coletivo, aproveitar as terras eficientemente, etc, recursos que já estavam antes da revoluçom, mas que a propriedade privada burguesa sustentada pola violência do estado impediam-lhes sair a luz. Temos relatos de como a organizaçom do povo trabalhador para formar um contrapoder proletário, produziu umhas grandes melhoras na vida das camponesas e camponeses nestes países. Que hoje em dia os estados que antes eram um exemplo que estudar, aprender e emular, sejam instrumentos do capitalismo, nom borra as páginas dum glorioso passado revolucionário, no que se toparom e perceberom as grandes capacidades da revoluçom para sacar recursos que nenguem sabia que existiam.
No mundo urbano tamem latejam as mesmas capacidades ocultas pola violência do estado que sustenta a propriedade privada burguesa.
No mundo urbano tamem som as massas armadas e organizadas conscientemente as que criaram o contrapoder proletário que precisamos, para o triunfo da revoluçom proletária na luita de classes.
Temos confiança nas nossas camaradas e nos nossos camaradas índios, na sua guerra popular prolongada e, em que a emancipaçom da humanidade é umha necessidade histórica da que estamos mais perto cada dia.

Silfrido N.

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