viernes, 28 de septiembre de 2018

Galiza: Eu também som um "naxalita urbano". Un artigo do compañeiro Adolfo Naya para o Galizalivre


Um espectro ronda a Índia: o espectro do maoísmo. Todas as forças reacionárias da Índia unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo. Lembramos a célebre frase inicial do Manifesto Comunista (1848), do qual este ano comemoramos o 170 aniversário, para reivindicar aos maoístas indianos, conhecidos como naxalitas, como continuadores desse comunismo do que falavam Marx e Engels.
As forças reacionárias da Índia, encabeçadas pelo Primeiro Ministro Modi e o seu hinduísmo fascista, a burguesia compradora e burocrática apoiada pelo imperialismo, estão a realizar uma ofensiva a grande escala para tentar “ilhar ao peixe da água” e cortar lhe o apoio a guerrilha maoísta nas cidades, devido ao rápido crescimento do maoísmo e a sua influência sobre uma significativa parte da população da Índia.
Esta onda repressiva também tenta de eliminar a todos os que se oponham as suas políticas de extermínio contra Adivasis, Dalits, muçulmanos e os povos de Cachemira, Assam e Manipur. Isto faz que qualquer que critica essas políticas poda ser chamado “naxalita urbano”. Uma prova disto, são as últimas detenções o 28 de agosto de 2018 dos advogados Arun Ferreira e Sudha Bharadwaj, o poeta e intelectual Varavara Rao, o intelectual e defensor dos direitos humanos Gautam Navlakha e o ativista Vernon Gonsalves. Somasse as do dia 6 de junho, onde eram detidos o advogado Surendra Gadling; o ativista dos direitos dos Dalits, Sudhir Dhawale; a professora Shoma Sen, o sindicalista camponês Mahesh Raut e o defensor de direitos humanos Rona Wilson.
Más depois desta intensificação da repressão, baixo o lema #MeeTooUrbanNaxal uma grande campanha de solidariedade, encabeçada pela conhecida escritora Arundathi Roy, está a lutar pela libertação dos e das prisioneiras políticas e o fim das políticas de extermínio.
Quando o governo hinduísta fascista de Modi está a espalhar ódio, repressão e destruição, enchendo os bosques de criminais e assassinos, numa política de genocídio contra da “povoação rebelde”, os povos Adivasis e Dalits no campo, organizados pelo Partido Comunista da Índia (maoísta), estão a construir côa guerra popular um novo poder. Os governos populares e os comitês populares revolucionários são verdadeiros exemplos de desenvolvimento e de autênticas democracias.
O modelo naxalita de desenvolvimento prevê que toda a riqueza do país permaneça nele, gerando trabalhos para os moradores locais e que não seja espoliada para o exterior. A revolução agrária é a primeira medida a ser adotada, provendo terra para as trabalhadoras e trabalhadores sem terra para que não sejam necessários os arrendamentos. As terras não vêm de cortar árvores ou destruir o médio ambiente, se não que vêm da ocupação de grandes latifundiários. Também são contrários aos usos de produtos químicos prejudiciais para a saúde das e dos trabalhadores, além de torná-los escravos de grandes empresas que vendem os produtos, como ocorreu na Revolução Verde na Índia.
Eles tentam combinar inovações técnicas e cientificas com as formas ancestrais de trabalho comunitário típico de muitas comunidades Adivasis, permitindo um entendimento mais próximo com o conceito de trabalho desenvolvido pelos povos Adivasis e que em nada se assemelha com a imposição capitalista de trabalho.
O movimento naxalita desenvolve projetos para atender as necessidades básicas dos Adivasis e Dalits como terra, irrigação, educação e saúde, algo que o governo não faz, assim como devolver a dignidade e orgulho de povos e castas desumanizadas e construir a igualdade entre seres humanos fora da exploração e opressão capitalista e patriarcal.
Outro dos trabalhos mais importantes é a luta contra o patriarcado e por uma verdadeira emancipação da mulher. As mulheres compõem o 60% da guerrilha naxalita em todas as suas estruturas, dendê combatentes ate a direção, dando um exemplo mais da sua capacidade organizativa e de luta.
O intelectual comunista Muraleedharan K, conhecido como Ajith – encarcerado dendê o 2015-, numa entrevista para uma publicação em contra da Operação “Cacería Verde” dizia:
“Mas aqui, numa grande parte da Índia, os povos Adivasis estão a fazer do controle da terra, os recursos e a sociedade uma realidade a través da luta. Isto é uma luta imediata para acabar côa exploração, a opressão dos movimentos agressivos das grandes empresas e o Estado. Mas ainda más importante, é a luta a longo prazo onde se projeta um tipo diferente de viver.
Que é esta vida? Desenvolvimento sustentável; educação amigável das pessoas; emancipação da mulher; a cessação da dominação e a pilhagem dos exploradores estrangeiros e índios; uma nova cultura que reconstruí as tradições Adivasis de novo, em lugar de burlar se deles. O feito é que todo isto está a ser criado por povos Adivasis que são desprezados como “primitivos” pela chamada corrente principal da sociedade. Os “cara atrás” estão a ensinar aos “cara a adiante”(…). A motivação que isto poderia dar aos numerosos sectores oprimidos e explorados no país, é uma ameaça real para os governantes. Deixar de lado ou minimizar esta significação política e limitar a resistência á defensa de recursos e direitos humanos Adivasis não é bom”.
Por isso, eu também sou um “naxalita urbano” não só pela solidariedade internacionalista e de classe com um verdadeiro movimento comunista revolucionário; se não porque são o futuro e presente duma nova sociedade sem classes, castas, racismo e patriarcado, que é a única que pode salvar a humanidade inteira da destruição produzida pelo capitalismo na sua superior etapa, o imperialismo.

 https://www.galizalivre.com/2018/09/27/eu-tambem-som-um-naxalita-urbano/

miércoles, 12 de septiembre de 2018

UE:Senra solicita á UE a suspensión dos acordos vixentes ca India até que cese a represión contra activistas




Senra solicita á UE a suspensión dos acordos vixentes ca India até que cese a represión contra activistas

BY AGEE · 12 SETEMBRO, 2018

* Nove eurodeputadas/os subscriben unha carta a F. Mogherini para denunciar o ataque contra activistas polos dereitos humanos na India

* Esta iniciativa súmase ás misivas enviadas anteriormente á Vicepresidenta da CE e ó Presidente do PE, e ao rexistro de dúas preguntas parlamentarias

Estrasburgo, 12 de Setembro do 2018. A eurodeputada galega do Grupo Confederal da Esquerda Unitaria Europea/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), Lídia Senra, vén de promover unha carta enviada hoxe á Alta Representante da Unión Europea para Asuntos Exteriores e Política de Seguridade, Federica Mogherini, na que insta ao ente comunitario a suspender tódolos acordos co Goberno indio “ata que as activistas polos dereitos humanos sexan liberadas/os e se poña fin á persecución contra os pobos Adivasi, Dalits, minorías relixiosas, pobos de Cachemira e Manipur”.  No seu escrito pide tamén a inmediata liberación do profesor GN Saibaba e das activistas -poetas, escritores/as, directores/as de cine, profesores/as…- Susan Abraham, Varavara Rao, Stan Swamy, Anand Teltumbde, Gautam Navlakha, Vernon Gonsalves, Arun Ferreira, Surendra Gadling, Shoma Sen, Sudhir Dhawle, Rona Wilson e Mahesh Raut. As eurodeputadas do GUE/NGL Ángela Vallina, Paloma López e Merja Killonen, e as deputadas/os socialistas Ana Gomes, Clara Aguilera, Ciprian T?n?sescu, Claude Moraes e Julie Ward asinan tamén a esta iniciativa para condenar as detencións o pasado 28 de agosto de cinco defensoras/es dos dereitos humanos na India.

 Actualmente, a controvertida Lei de Prevención de Actividades Ilegais (Unlawful Activities Prevntion Act, UAPA) permite o arresto indefinido de calquera persoa que o Goberno indio considere sospeitosa de querer ir contra o Estado.  “Estas detencións engádense á continua e implacable represión por parte do Goberno sobre a voz e aspiracións democráticas do pobo indio”, alerta a eurodeputada galega no escrito dirixido á tamén Vicepresidenta da Comisión Europea, Federica Mogherini. De feito, hoxe mesmo  deuse a coñecer a prologación ata o vindeiro 17 de setembro do arresto domiciliario das persoas detidas no mes de agosto.

Tamén para esta semana, o venres 14 de setembro, está convocada a vista de apelación do profesor GN Saibaba, logo de ter sido suspendida até en sete ocasións, o que significa de facto a extensión da súa condena até que se permita celebrar esta vista.
No texto enviado á Alta Representante da Unión Europea para Asuntos Exteriores e Política de Seguridade as eurodeputadas/os recollen, asemade, a preocupación manifestada publicamente por organizacións como Amnistía Internacioal ou a ONU, ao tempo que lle lembran que a propia Mogherini, na respostas proporcionada á pregunta parlamentaria rexistrada por Lídia Senra no ano 2016, admitiu que a Delegación da UE en Nova Delhi ten feito chamamentos por motivos humanitarios á Comisión Nacional de Dereitos Humanos. “¿Como pode a Comisión Europea ter contactos e acordos cun goberno que defende que hai persoas de primeira e de segunda clase, mata indiscriminadamente a Adivasis e Dalits, ataca minorías relixiosas e mete no cárcere a activistas de dereitos humanos?”.

O clima de tensión e denuncia na India está a ser cada vez máis pronunciado e acadando unha maior difusión internacional. Mostra desta visibilización foi por exemplo a repercusión do hastag #MeTooUrbanNaxalite logo das detencións producidas a finais de agosto, e a través do cal se está a dinamizar unha vaga de solidariedade e denuncia da violencia ca que o goberno do Primeiro Ministro Narendra Modi actúa contra quenes apoian a loita polos dereitos humanos e sociais na India, nomeadamente dos pobos Adivasis e Dalits, e no marco dunha dura ofensiva por parte de grandes poderes económicos indios e internacionais para facerse co control dos recursos naturais existentes nas zonas nas que vive esta parte da poboación.

Ao longo desta lexislatura, a eurodeputada galega ten denunciado en varias ocasións a escalada de represión que está a ter lugar na India. A carta enviada hoxe vense engadir a unha primeira misiva enviada a Mogherini en marzo de 2017,  ás dúas preguntas parlamentarias rexistradas no ano 2016[1] e 2017[2] pedindo unha maior implicación das institucións comunitarias na defensa da popular escritora Arundhati Roy e do profesor universitario GN Saibaba -encarcerado acusado de “terrorista” pese a ter o 90% do seu corpo paralizado- e á carta enviada ao Presidente do Parlamento Europeo, Antonio Tajani, para expresar a súa preocupación pola presenza no PE da Ministra de Asuntos Exteriores da India, Sushma Swaraj, o pasado mes de xuño con motivo do Día Internacional do Ioga.

[1]Encarceramento de G.N. Saibaba e proceso contra Arundhati Roy:  http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+WQ+E-2016-001822+0+DOC+XML+V0//ES&language=es
[2]Cadea perpetua do profesor G. N. Saibaba: http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+WQ+E-2017-006242+0+DOC+XML+V0//ES&language=es